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Doação de sangue animal: saiba como fazer
Cães e gatos podem precisar de transfusão de sangue e, por isso, devem contar com a solidariedade de pets saudáveis que alimentem os bancos de sangue veterinários com doações. Veja como você pode ajudar ao levar seu pet para fazer uma doação!
Assim como a doação de sangue de seres humanos, esse é um ato de amor e solidariedade e, por isso, não pode nem deve ser remunerado. No Brasil, a venda de sangue é crime. Como recompensa, além da sensação de salvar vidas, o pet doador tem o sangue totalmente analisado por meio de exames totalmente gratuitos. Veja mais sobre a transfusão de sangue em animais.
Quem pode doar sangue?
Cães e gatos saudáveis devem atender a pré-requisitos que atestem suas boas condições, além de ter um limite de idade e peso. Para ser doador, além da boa vontade, é necessário cumprir alguns critérios para a segurança do receptor e do próprio doador:
Para um gatinho ser doador, é necessário que:
– esteja clinicamente saudável (exames específicos vão apontar seu estado de saúde);
– pese mais de 4 quilos (sem ser obeso);
– tenha mais de 2 anos de idade;
– tenha menos de 8 anos de idade;
– esteja com as vacinas e vermifugações em dia;
– não seja positivo para FeLV (vírus da leucemia felina), FIV (imunodeficiência felina) e Mycoplasma haemofelis;
– de preferência, ser um gato de apartamento (os gatos que moram em casas e têm acesso a jardins são mais propensos a terem tido encontros com gatos de rua);
– fêmeas não podem estar prenhes nem no cio;
– nunca ter recebido transfusão sanguínea;
– possuir temperamento tranquilo.
Para um cãozinho ser doador, é necessário que:
– esteja clinicamente saudável;
– pese mais de 25 quilos (sem ser obeso);
– tenha mais de 2 anos de idade;
– tenha menos do que 8 anos de idade;
– esteja com vacinações e vermifugações em dia;
– não tenha tido carrapatos recentemente e serem negativos para hemoparasitoses: doenças como a babesiose, erliquiose e doença de Lyme recentemente, mesmo que elas tenham sido tratadas de maneira bem sucedida;
– fêmeas não podem estar prenhas nem no cio;
– nunca ter recebido transfusão sanguínea;
– possuir temperamento tranquilo.
Os doadores também não devem estar usando qualquer medicação, nem ter tomado remédios nas duas semanas que antecederem a doação. Se o pet preencher os requisitos, ele fará uma doação e parte de seu sangue irá para análise. Serão realizados vários exames para garantir que o bichinho é saudável e não apresenta nenhuma doença, crônica ainda não descoberta ou contagiosa. Não é necessário que o doador tenha pedigree ou seja de qualquer raça específica. Cães e gatos sem raça definida são muito bem-vindos aos bancos de doação.
Como é a doação de sangue?
O processo todo não costuma durar mais do que 15 minutos, e em cães é retirada uma média de 450 mL de sangue. O doador não sente dor alguma!
O dono interessado na doação de sangue deve preencher uma ficha cadastral em um banco de sangue. Nessa ficha, muito similar à dos seres humanos, ele irá colocar as informações sobre a saúde de seu animal.
O processo de doação de sangue de animais é bastante similar ao dos humanos. O pet deve ficar quietinho durante a doação e, por isso, pode ser que se dê um sedativo bem leve para manter o animal calmo e tranquilo. O sedativo não é obrigatório: se o pet for tranquilo e cooperativo, não será necessário.
Com o doador sob efeito da sedação, é feito um acesso venoso, que pode ser no pescoço (o mais indicado) ou nos membros. Então, o sangue vai saindo da veia para a bolsa, que fica em constante movimento para que o sangue não coagule.
O cão ou gato doador deve guardar jejum de 4 horas antes da doação. Quando a retirada do sangue terminar, no próprio banco de sangue há oferta de petiscos, comidas e ração para que o bichinho não fique fraco.
As doações de sangue podem ser feitas a cada 3 meses e a cada doação são retirados, em média, 450 mL (em cães) e 40 mL (em gatos) de sangue. Todo o processo costuma durar no máximo 15 minutos. O efeito do sedativo leve passa bem rápido e não deixa efeitos colaterais.
Existem riscos ou efeitos colaterais para o doador?
Não existem riscos, mas o animal pode sentir um pouco de fraqueza e ficar meio quietinho nas primeiras 24h.
Não há nenhum tipo de risco em doar sangue. O único efeito colateral que pode acontecer é bastante superficial e não dura mais do que 1 dia. Devido à retirada de sangue, o pet pode ficar mais molinho, um pouco fraco. Isso é perfeitamente normal e passa bem rápido, mas não é comum. Se o seu animal apresentar desânimo, abatimento ou sinais de fraqueza, basta que ele descanse e se alimente normalmente. Logo estará recuperado!
Quais são os exames realizados gratuitamente?
O sangue coletado sempre passa por exames, e o resultado fica disponível para os donos.
Além de salvar vidas, você ainda conta com a realização de exames no seu pet. A doação é uma ótima maneira de ser solidário e ainda fazer seu pet passar por check-ups regulares que garantem que ele permaneça saudável. Além do exame clínico, que avalia as condições físicas do animal, o seu sangue passa por exames minuciosos.
Os principais exames realizados gratuitamente nos bancos de sangue são:
– Hemograma completo
– Contagem de plaquetas
– Ureia e creatinina
– Brucelose
– Leishmaniose
– Dirofilariose
– Erliquiose
– Babesiose
– Doença de Lyme
– Febre maculosa
– FIV e FeLV (gatos)
– Mycoplasma haemofelis (gatos)
FONTE: Bolsa de Mulher